GEAP realiza reunião e planeja novas ações
Os membros do Grupo Estadual de Ação Política (GEAP) se reuniram esta semana para mais um encontro de trabalho no Palácio Maçônico "Benedito Pinheiro Machado Tolosa". O Eminente Grão-Mestre Estadual BENEDITO MARQUES BALLOUK FILHO esteve presente e saudou os presentes, fortalecendo os ideais do GEAP. Os trabalhos foram dirigidos pelo Ir.’. Romildo Campello, Secretário Adjunto de Relações Públicas do GOSP e Coordenador do GEAP, que recapitulou as discussões mantidas em encontros anteriores e estabeleceu uma série de propostas de ações futuras.
A Mesa Diretora contou ainda com a presença do Poderoso Ir.’., Grande Secretário Estadual de Relações Públicas Roque Cortes Pereira e do Resp.’. Ir. Assessor Especial do Grão-Mestrado, Sérgio Rodrigues Jr.
O Eminente GME, Irmão BALLOUK, esclareceu que as ações do GEAP vão ao encontro de seus anseios no Grão-Mestrado. Frisou que espera contar com a colaboração de todos os IIr.’. e desejou sucesso na consecução dos trabalhos.
Na reunião, ficou definido que a atuação do GEAP se fará por macrorregiões de São Paulo. Assim, os IIr,’, do GEAP deverão identificar, em suas áreas, lideranças para fomentar os ideais do GEAP e, identificar Obreiros “vocacionados” com a política, independentemente de ideologias político-partidárias, visando compor a representação maçônica no âmbito dos poderes Legislativo e Executivo em todas as esferas, quer sejam municipais, estaduais ou federais.
O GEAP tem finalidade precípua e estratégica de aglutinação de potências maçônicas no contexto de incrementar a mobilização dos Obreiros na busca de eleger políticos livres e de bons costumes, no lugar de corruptos e sem princípios que tanto mal fazem a sociedade. Não se trata de ação em um partido, mas sim em todos eles, visando mudar a forma de pensar e de fazer política, voltada ao bem comum e à construção de uma sociedade mais justa e fraterna como legado às futuras gerações.
Decidiu-se que os trabalhos do GEAP devem obedecer ao princípio da “publicidade”, de tal modo que se tenha uniformidade de pensamentos, propostas e ações.
Na reunião foi criado um Grupo de Trabalho (GT) com IIr.’. para sistematização das ações nas macrorregiões - nas mesmas áreas de atuação das macrorregiões geopolíticas utilizadas pelo Governo do Estado de São Paulo.
Saiba Mais – Sobre o GEAP, texto abaixo de autoria do Respeitável Irmão Sérgio Rodrigues Jr, bem explica os propósitos do grupo.
“A história da Maçonaria universal é repleta de exemplos da inserção da Ordem em diversos movimentos políticos de muitas nações desde sua organização em 1717 até a atualidade.
A Maçonaria sempre esteve presente e foi proativa nos polos virtuosos das lutas sociais e anseio por Justiça, Liberdade, Igualdade e, nos polos viciosos, no combate aos preconceitos e privilégios odiosos ou espúrios. Também ganhou inimigos poderosos ao questionar dogmas, defender novas ideias da era do “iluminismo” e o Estado laico (separação entre Estado e religião).
No Brasil, os maçons conhecem sua história e se orgulham dela, desde os idos da Inconfidência Mineira, da formação do GOB - Grande Oriente do Brasil, em 1822, que teve como primeiro Soberano Grão-Mestre Geral, José Bonifácio de Andrade e Silva, e como seu vice, Joaquim Gonçalves Ledo, grandes líderes que, apesar de defenderem posições antagônicas no processo político, uniram-se e protagonizaram a independência do Brasil, ao lado do Imperador D. Pedro I, que também viria a ser Grão-Mestre do GOB.
Posteriormente, a Ordem participou de outros movimentos políticos importantes, como a Proclamação da República e que no período conhecido historicamente como “Primeira República”, praticamente todos os Presidentes foram maçons, assim como parte expressiva dos respectivos ministros.
A Ordem tem ainda participação em todo o mundo, ativamente, de muitos movimentos libertários e de forte conotação política e no Brasil não foi diferente, tendo a ação maçônica presente em vários movimentos, tais como: Inconfidência Mineira; Conjuração Baiana 1799); Revolução Pernambucana (1817); Independência (1822); Guerra do Farrapos (1835);Revolução Constitucionalista (1932); Revolução anticomunista (1964) entre outros.
Entre os líderes à frente de cada revolução e movimento social, que envolvesse a conquista ou a ampliação de liberdades, da justiça e da fraternidade, qualquer historiador mais atento identificará a participação expressiva de maçons.
No Brasil, possivelmente, em decorrência da direção ditatorial que tomou o movimento militar no final da década de 60, a maçonaria começou então a evitar a questão política, dirigindo o foco de suas ações aos movimentos de caráter social e filantrópicos e começam então nossas Lojas se empenharem na construção de asilos, creches, hospitais, casa de recuperação de jovens, entre outros, fechando-se como “ostras” na questão política, inclusive desenvolvendo a ideia de que o tema político deve ser banido dos nossos Templos e sua discussão proibida em Loja.
Como consequência desta postura equivocada, a Ordem deixa seu papel de protagonista e passa a mera expectadora do desenvolvimento do processo político no País, embora muitos maçons sempre tenham participado ativamente da política em todas as esferas.
Mas a ação individual, sem uma articulação coletiva e sem o apoio e comprometimento do Quadro de OObr.´. e da própria estrutura organizacional maçônica, fizeram com que nossos líderes maçons buscassem seus próprios caminhos.
Nossos Irmãos detentores dos cargos eletivos, não percebiam na Ordem, uma base de apoio e, portanto, não a reconheciam como aliada de seu mandato e portanto não lhe deviam nenhum retorno, nem mesmo uma prestação de contas de seus trabalhos.
Como cada um trata do tema a seu modo e de acordo com interesses pessoais, muitos tentaram se aproveitar da proximidade que tinham com estes eleitos na busca de proveitos próprios, que acabou gerando um afastamento ainda maior de muitos dos eleitos no processo político, das reuniões das Lojas.
O fato também de sermos uma organização absolutamente desconhecida do grande público, com alguma fama de “sociedade secreta” suportada pela natural discrição de nossas ações sociais, abriram chance para oportunistas fazerem surgir dezenas de “falsas novas maçonarias” que são em verdade, apenas um mero “negócio lucrativo” que engana pessoas de bem, que não tem reconhecimento internacional e que chamamos de “Espúrias”, mas que ajudam sim a fragmentar ainda mais o poder de influência da Ordem, na construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Assim, para continuar existindo e mantendo sua verdadeira importância como uma instituição de líderes sociais, capacitados e de forte formação moral, mister se faz rever esta postura adotada há mais 40 anos, quebrar o paradigma de que não se pode falar de política em Loja e retomar a participação nas decisões do processo político.
Claro que a discussão da política partidária não nos interessa, pois ela nos divide e sabemos que há muito, os partidos perderam a credibilidade moral perante a sociedade, principalmente por não se responsabilizarem pela qualidade ética e moral das pessoas que oferecem à sociedade como candidatos.
A corrupção é epidêmica e seu combate, apesar de ser um discurso gasto, é imperioso.
Todavia, a sociedade é descrente da eficácia dos mecanismos até agora empregados, uma vez que a intervalos cada vez menores de tempo, se descobrem novos e vigorosos escândalos.
Portanto, devemos sim, tratar em Loja e discutir a política idearia, o bem comum, as demandas sociais e fora das Lojas, participar e agir nas diversas organizações sociais em cada uma das cidades em que estamos presentes.
Os Maçons com vocação política precisam se filiar ao partido político de sua preferência e participar dos diretórios municipais das respectivas agremiações.
Assim poderemos de fato mudar o conceito da classe política. O maior problema é a omissão das pessoas de bem neste processo. Vamos ocupar o espaço!
Temos que agir como um antibiótico, que penetra o corpo doente e de dentro para fora elimina a doença, expurgando as células ruins.
Não pensamos em ter um partido da Maçonaria, mas sim, atuar firmemente na maioria dos partidos, para que possamos construir uma nova maneira de fazer política, com princípios ensinados por nossa filosofia.
Nossa luta é pelo RESGATE DA DIGNIDADE NO EXERCÍCIO DO PODER!
A única forma legal de conseguirmos isto, passa pela organização das instituições ligadas a Ordem, a preparação do Quadro de Obreiros e o uso da estrutura física e capital intelectual maçônicos, utilizando as regras do sistema democrático vigentes, para tirar os corruptos e sem princípios do poder e colocar, no lugar deles, cidadãos livres e de bons costumes.
Desde 2007, as organizações maçônicas oficiais do Estado de São Paulo, lideradas pelos respectivos Grão-Mestres, que reúnem aproximadamente 60 mil associados repartidos em mais de 1500 Lojas, presentes na maioria dos municípios paulistas, concluíram que deveriam deixar de lado quaisquer diferenças históricas e passaram a pugnar juntas num programa de ação emergencial e objetiva contra a corrupção: a de estender aos candidatos apoiados por suas Lojas e que firmassem um compromisso com estas Lojas, que basicamente exigia deles :
- Ética na Política;
- Moralidade Pública;
- Probidade Administrativa;
- Retorno a Loja para prestar contas periodicamente de suas atividades no exercício do cargo.
Estava formada então a MUSP - Maçonaria Unida por São Paulo - e começava o programa denominado a época de “Reinserção da Maçonaria na Política”.
Em 2008, numa primeira ação eleitoral, 291 candidatos foram apoiados neste trabalho e 84 deles se elegeram, representando 28%, ou seja, do total de candidatos oferecidos à sociedade, 28% foram aprovados nas urnas, resultado superior ao obtido por qualquer partido político.
Claro que estes candidatos foram eleitos por seus próprios méritos e capacidade eleitoral, mas pela primeira vez, após muitos anos, estes eleitos começaram a sentir, a perceber, que a Ordem pode ser importante aliada e que seu apoio é fundamental, cabendo então a recíproca atenção.
Estimulamos que cada Loja indique dois ou três representantes para que, em parceria com as demais Lojas de uma mesma cidade ou distrito (na Capital), formem o GLAP - Grupo Local de Ação Política -, pois serão os GLAP’s os verdadeiros condutores do Programa de Ação Política na localidade.
O objetivo é implantar núcleos de pesquisas junto aos GLAP’s para que se tornem ouvidores das demandas sociais locais.
Este programa de Ação Política não é apenas uma ação eleitoral de uma ou de outra eleição, mas uma trincheira cívica permanente de construção social. Trata-se de um Programa em desenvolvimento e como tal deverá ser trabalhado por todos nós.
Vamos arregaçar as mangas e construir um Brasil melhor, ao invés de reclamar do que não está bom.
Maçonaria é Ação e este programa convida o Maçom a AGIR. Não devemos viver das glorias do passado, mas devemos sim, realizar um trabalho que encha de orgulho as gerações vindouras, a dos filhos dos nossos filhos.
Prefiram arrepender-se da ação ao invés da omissão, pelos erros cometidos do que por aquilo que poderiam ter feito, mas não fizeram.
Aos que não gostam de política, um lembrete: serão governados pelos que gostam e se submeterão aos seus comandos.
Não misturemos política com politicagem, não vamos confundir o processo político com campeonato de futebol, comparando partidos a times, pois estamos tratando da qualidade de vida da população, do bom emprego dos recursos públicos, da democracia e representatividade do povo nas diversas câmaras do poder. Chega de aceitar passivamente os desmandos, as eleições de pessoas sem capacidade e o pior de todos os males, que é a corrupção, que retira cadeiras das escolas e as proteínas da merenda, os leitos e os remédios dos hospitais, aumenta a criminalidade e tantos outros sérios problemas.
Não somos analfabetos políticos. Somos líderes e construtores sociais. “
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- Texto e fotos: Respeitável Ir.’. Luiz Carlos Américo do Brasil - Coordenador Regional de CI da 1 macrorregião
Grande Secretaria de Comunicação e Imprensa
Fonte: GOSP